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domingo, 18 de março de 2012

Claustrofobia é pior que febre, Claustrofobia é peste



A entrevista dessa noite é com a banda paulistana de Thrash Metal, Claustrofobia, a banda foi iniciada em 1994 na cidade Leme, no interior de São Paulo, que no final de 2011 lançou o álbum intitulado Peste com todas as letras em português, com letras expressando o lado ruim da vida, protesto, idéias e também coisas positivas(Daniel), que em minha opinião é um álbum que não deixa a desejar em todos os aspectos do mesmo, com uma música que mistura o samba com o metal(que ficou interessante). Claustrofobia muito obrigado por ceder um pouco do tempo de vocês para essa entrevista, e parabéns e muito sucesso para todos vocês.

GODS OF METAL: Nos conte como foi o preparo inicial para começar a banda e como foi escolhido o nome.

Daniel: Não tem um preparo, começamos tocar desde crianças, como amigo, curtindo um som e aos poucos fomos levando mais a sério até virar prioridade em nossas vidas. Na época, como éramos novos, escolhemos o nome sem motivo algum, apenas achávamos o nome forte.

Alexandre: Com o tempo o nome foi tomando sentido e se encaixando nas idéias da banda, que é não ficar preso a rótulos, moda ou estilo.


GOM: Como era o cenário underground do metal quando vocês começaram a tocar e como é esse cenário atualmente?

Alexandre: Acho que era bem diferente, mas como éramos bem novos, obviamente não tínhamos a mesma visão de hoje. Mas acredito que o meio underground, por exemplo, melhorou muito. Acho que hoje tem um público muito maior e mais fiel frequentando esse meio. Os equipamentos em shows também melhoraram muito, até pela facilidade hoje em dia de conseguir coisas mais baratas vindas direto dos Estados Unidos. Empresas Brasileiras ligadas ao meio musical também melhoraram. Fazer um álbum hoje é muito mais fácil, na época era muito mais difícil gravar, era mais caro. A internet ainda estava engatinhando. Atualmente com as redes sociais e tudo mais, é muito mais fácil você divulgar um trabalho.


GOM: Quais são as influências da banda tanto musicalmente falando como na temática das letras?

Alexandre: Musicalmente é uma salada. Tem muita coisa mesmo e conforme passam os anos, aumenta o leque de coisas que nos influenciam tanto de bandas quanto de gêneros e estilos musicais. Tem a influência de cada um que também contribui. Mas é claro que há bandas que no começo foram importantes para o nosso som como o Sepultura, Slayer, Pantera, Napalm Death, Iron Maiden, Metallica, Ratos de Porão etc.


GOM: Como encaram o fato de algumas pessoas não derem o devido valor as bandas do nosso território, mas sim para as bandas gringas?

Alexandre: Isso sempre vai ter, mas acho que o público atualmente comparece bem mais em shows de bandas nacionais do que antigamente. Hoje muitas vezes vemos shows undergrounds cheios, por exemplo. A mídia também abriu bem mais o espaço pra bandas do underground.


GOM: Vocês poderiam revelar alguma informação sobre o novo CD? E quando acontecerão os próximos shows?

Alexandre: Acabamos de tocar em Goiânia com a banda Soufly e Kamura; e dia 22 de abril em São Paulo está confirmado com a banda Nervosa e Exodus. Dia 05 de maio tem show no interior de SP, em Bauru e tem mais alguns shows em breve, mas ainda estão em negociação.

Daniel: É o nosso quinto álbum de estúdio, mas o primeiro totalmente em português, que já era uma idéia antiga da banda. Como todos sabem em cada disco temos uma ou duas músicas no nosso idioma, então não é novidade para os fãs. Fizeram esse disco especialmente para o Brasil, com letras expressando o lado ruim da vida, protesto, idéias e também coisas positivas. Coisas legais de serem ditas na nossa língua, para as pessoas se identificarem. Gravamos no Estúdio Da Tribo novamente com o Ciêro, que já tínhamos trabalhado nos álbuns Thrasher e Fulminant. Ele é amigo de longa data, presente nos bons e maus momentos da banda (risos), sempre lado a lado e dando o melhor. Por isso é um prazer trabalhar, ele conhece o nosso som, idéias e filosofias.
Toda a parte gráfica dessa vez o responsável foi Alex Spike (Chemical Disease, ex-Zero Vision). Nos álbuns anteriores sempre tínhamos trabalhado com Carlos Henrique Eigenheer, de Leme/SP, também muito amigo da banda. Como o disco era uma coisa especial e nova para todos, optamos então pelo Alex, foi somente uma "mudança de ares" e ele simplesmente entendeu todo conceito do álbum, deixando exatamente como queríamos e ficou matador!
O álbum foi lançado no final de 2011 pelo selo Sangre Records (Goiânia/GO) e agora que passou o carnaval e datas comemorativas, estaremos trabalhando melhor na divulgação como revistas, entrevistas, anúncios, etc. Muitos shows irão rolar por todo Brasil. Ainda não fizemos alguns shows de lançamento como gostaríamos, mas tudo vai se acertando e ninguém vai se arrepender de comparecer! É pior que febre, Claustrofobia é PESTE!


GOM: Algum dos integrantes da Claustrofobia possui algum (ns) projeto(s) paralelos à banda (livros, bandas entre outros)?Se sim, poderiam comentar um pouco sobre cada projeto?

Alexandre: Tenho um quarteto de guitarras chamado Kroma, na qual demonstra através do trabalho de pesquisa interpretativa uma nova forma estética para a guitarra elétrica. O repertório é bem variado, apresentando uma releitura de diversas músicas. Em 2010 fomos convidados para o projeto “Mostra de Guitarras Brasil” na qual reúne grandes nomes da guitarra no Brasil desde a década de 40 e o Kroma representou a década de 2000. No primeiro semestre de 2012 será lançado o novo álbum intitulado “DesConstruindo” e conta com três ilustres participações: Heraldo do Monte, Vera Figueiredo (Altas Horas) e Roger Moreira (Ultraje a Rigor).

Acabo de lançar também o primeiro volume de uma Série chamada “Metal Brasileiro: Ritmos Brasileiros Aplicados na Guitarra Metal – Novos Caminhos para Riffs de Guitarra”. Um livro que acompanha um CD com objetivo de colaborar no desenvolvimento técnico, principalmente ligado a palhetadas e riffs de metal e também proporcionar novos caminhos na criação de riffs de guitarra. Confira no site www.metalbrasileiro.com exemplos musicais que contém no livro e saiba mais sobre o projeto. O livro pode ser comprado neste mesmo site ou diretamente comigo alexandredeorio@yahoo.com.br.

O Marcus, Caio e o Daniel também tem um outro projeto chamado Terrorismo. O Ciero, do Da Tribo Estúdio e o Henrique Fogaça, do Oitão, fazem parte também. É um som meio Thrash Punk. Em breve vai sair um álbum.


GOM: Existe ou existiu uma formação ideal para a banda?

Daniel: Na verdade todas as formações tem suas particularidades e características. Como essa formação está desde 1996, então acredito que essa é a que ideal. Nesse caso, mudanças são necessárias para que no fim tudo se encaixe perfeitamente. Outra coisa é o fato de nos conhecermos desde crianças, somos amigos de infância, começamos a tocar e curtir música juntos, então acho que é mais fácil. Vai além do músico, entra toda essa história de crescermos juntos, passando por todas as dificuldades e alegrias.


GOM: A banda possui que tipos de mídias sociais (site, facebook, myspace, reverbnation)?

Site: www.claustrofobia.com.br
Facebook: Tem 3 páginas. Como: Grupo aberto, Músico/banda, Claustrofobia Europe.
Youtube: www.youtube.com/metalmaloka
Myspace: www.myspace.com/claustrofobia
Fotolog: www.fotolog.com/metalmaloka


GOM: Uma mensagem para os fãs e para aqueles que ainda não são?

Alê: Primeiramente, obrigado pelo espaço.
Agradeçemos a todos que sempre acompanharam a banda e estão sempre dando um grande apoio.

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