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sábado, 20 de outubro de 2012

True: entrevista com a banda


A banda paranaense True passou por diversos problemas pela troca na formação durante a concepção do seu primeiro álbum "Riders of Doom" lançado pela Oversonic , uma estreia de muito sucesso, mesclando o Thrash Metal com o Death Metal deixando a banda com uma sonoridade muito bem executada. Confiram abaixo a entrevista. Atualmente a banda é formado por Marcelo Mattos(Vocal / Guitarra), Anderson Soares (Bateria), Felipe Gusinski(Baixo) e Marcos Araujo(Guitarra).
Gods of Metal: A banda foi formada em 2006 e vem executando um som de extrema qualidade, contem sobre o inicio da banda.

True: O TRUE foi formado em 2006 pelo Marcelo Mattos - guitarra / voz, junto com Maicow Mattos – bateria, e Rafael Bastos - baixo (ambos ex-Anachronoz, assim como o Marcelo). Em 2007 Anderson Soares entrou para assumir as baquetas. Ainda houve uma troca de baixistas, quando em 2009 entrou Marcelo Soares (que permaneceu até o início de 2012). Durante os primeiros 5 anos o True teve uma Demo e EP lançados, EP esse que ainda é atualmente distribuído na Nova Zelândia e no Egito pelos selos Satanica Prods e Set Prods. Também nesse período a banda dividiu palco com grandes nomes nacionais e internacionais como Asesino, Korzus, Claustrofobia, além de ter sido convidada para abrir o show do Testament em Curitiba no ano de 2009, mas infelizmente o Testament cancelou a turnê latino-americana daquele ano, e o show acabou não rolando.

Já em 2011 a banda assinou contrato com a Oversonic Music e, enfim, gravou seu primeiro full length, “Riders Of Doom”, que foi lançado em maio de 2012. Após a gravação do CD entraram na banda o baixista Felipe Gusinski (Greengo) e o guitarrista Marcos Araújo, e o True foi convidado para tocar em grandes festivais nacionais como o Marreco’s Fest 2012, dividindo o palco com bandas como Grave, Raven e Samael, e também no Under Metal Fest 2012, onde dividiria o palco com Vader, Krisiun, e Black Label Society, porém o UMF acabou sendo cancelado pela organização.

Atualmente seguimos na turnê nacional de divulgação do Riders of Doom, e já estamos planejando a fase internacional dessa turnê.


GOM: No CD “Riders of Doom” a formação nunca se manteve estável, qual foi a maior dificuldade enfrentada pela banda com essa troca de formação na concepção do CD?

True: O Riders of Doom foi composto por todos os membros da banda naquele período, cada um apresentou sua ideia e todos estavam de acordo com o que seria gravado. Durante o processo de gravação nosso baixista não poderia comparecer para a execução, sendo assim as linhas foram gravadas pelo nosso guitarrista Marcelo e nosso batera Anderson.

O processo de gravação foi bem tranquilo, apesar da correria, pois o CD foi gravado em 6 dias, cerca de 13 horas de estúdio por dia. Mas a nossa gravadora Oversonic Music nos deu o suporte que precisamos e o resultado foi muito bom.


GOM: Recentemente vocês anunciaram a gravação do primeiro registro em vídeo, qual será a música escolhida para esse trabalho? Contem um pouco mais sobre esse trabalho.

True: A ideia do clipe vem nos acompanhando desde a finalização do Riders of Doom, buscamos uma música forte dentro do nosso material e acho que a Forget in Hatred surgiu naturalmente. Ainda estamos trabalhando com duas idéias para a direção do clipe, mas independente qual for a escolha, o clipe será foda!


GOM: A mistura de dois estilos em uma banda como no caso de vocês deixa a banda com uma sonoridade única, no inicio sempre tiveram o Thrash/Death Metal como objetivo principal ou isso se consolidou com o tempo de carreira?

True: Acho que o tempo moldou nossa sonoridade, a base Thrash no nosso som vem realmente desde a sua fundação e sempre foi um dos objetivos, o lance mais Death veio com o tempo, as mudanças no line-up sempre trazem um novo gás, uma pegada diferente e novas ideias, e cada um deixou um pouco disso, o som vai sempre se renovando, mas sem perder a essência.



GOM: O que acham do cenário do rock e metal atualmente? Precisa melhorar em algum ponto?

True: A cena atual é complicada, ao mesmo tempo onde temos produtores que valorizam o underground, temos aqueles que só querem sugar as bandas, mais isso vai muito das bandas aceitarem essa situação também. O hoje o metal está em uma crescente, com uma grande ajuda da internet, as bandas tem vários meios de divulgar seu trabalho, diversas web rádios voltadas para o estilo, páginas no facebook e blogs. O grande problema que muitos desses “apoiadores” do metal não saem da frente do computador, ficam baixando MP3, se acham formadores de opinião, não vão a shows, não colabora em nada e só deprecia tudo que é criado. Mas também temos aqueles que seguem as bandas, apoiam, compram CD, vão a shows, são proativos, e valorizam o que é feito.

São duas situações bem distintas e infelizmente naturais, pontos a melhorar existem vários, mais quando um é curado outra surge naturalmente, o que podemos fazer é aprender a conviver com isso, e continuar trabalhando forte pela continuidade do movimento e da cena.


GOM: Tem muitas casas de shows no Brasil nas quais as bandas tem que pagar para tocar, isso é uma exploração e falta de respeito enorme por partes delas, o que pensam sobre esse assunto?

True: É muito empenho organizar um evento, envolve muita responsabilidade e dinheiro e os produtores querem promover o metal e ao mesmo tempo lucrar, nada de errado, pois vários vivem disso. As bandas querem aparecer, pra poder vender o seu som. O que ocorre é que hoje exitem muitas bandas e alguns produtores querem se aproveitar disso, fazem leilão de ‘vagas’ para abrir shows internacionais e algumas bandas pagam valores absurdos.

Enquanto tiver banda pagando valores altos sempre haverá alguém cobrando, nada contra uma banda que paga pra tocar, desde que seja em um evento bom e que isso realmente vá trazer algum beneficio a banda, tocar só pra dizer que tocou com banda ‘X’, banda ‘Y’, não compensa é ilusão... pegue essa grana e invista na banda de outra forma.


GOM: Qual a opinião de vocês em que alguns produtores de eventos que marcam um evento com algumas bandas e de última hora cancelam alguma banda sem dar algum esclarecimento para a própria ou avisam de última hora?

True: Situação foda. Não tivemos essa experiência ainda de ter a nossa participação cancelada sem maiores infos, mais deve ser constrangedor para a banda e uma falta de respeito com o publico.


GOM: Os shows do mês do outubro foram cancelados, expliquem qual foi o motivo dos cancelamentos?

True: Era uma mini-turnê que rolaria no RS, juntamente com o Claustrofobia, além de bandas locais, porém acabaram ocorrendo alguns problemas e o Claustrofobia cancelou a participação nos shows, e com isso nós acreditamos que o retorno da tour não seria o esperado, e além disso inicialmente eram 4 datas, e posteriormente passaram a 3, e ainda poderia cair para apenas 2 shows, e como o nosso deslocamento é muito caro, pois o baterista mora em Brasília e precisamos ter realmente certeza da realização do evento com uma certa antecedência, pra poder organizar a nossa agenda pessoal e profissional, até porque não vivemos da banda. Mas ainda assim agradecemos pelo convite feito inicialmente, e temos a certeza que em outra oportunidade certamente tocaremos na região.


GOM: O Gods of Metal agradece muito o tempo cedido para essa entrevista e quero elogiar o grande trabalho que vem fazendo, sempre melhorando a cada dia que passa, queria que a banda deixasse alguma mensagem para os leitores.

True: Primeiramente agradecer a vocês do GOM pelo espaço, profissionalismo e respeito às bandas e leitores, agradecemos também aos leitores do site, nossos amigos e familiares, o pessoal que sempre acompanha a banda, que vão em shows, compram material da banda, enfim, e também aos nossos apoios (InPacto Baquetas, Ces Luthier, KR Custom Drums, Christopher Pypcak Tattoo)!

Também gostariamos de convidar a todos a participar de um sorteio do nosso CD Riders of Doom, é só acessar a nossa página no facebook e participar! (www.facebook.com/truechaosbrpage).

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