GOM: Grande banda Ayin não é de hoje que vem fazendo sucesso por onde passam, destruindo sempre nos shows, contem para os leitores como foi que ocorreu o surgimento da banda.
Abner Ramires: Primeiro, muito obrigado pelas palavras.
Bem, iniciamos as atividades em março de 2010. Em julho fizemos nossa estréia ao lado do The Ordher, onde lançamos o demo cd “Seven” com 4 faixas e o video clipe da música “Dajjal”. De la pra cá fizemos vários shows, uns fora do país, e dividimos palco com várias bandas que respeitamos como o próprio The Ordher, Vader, Vomepotro, Khrophus, Nervochaos...
GOM: O que ou quem inspirou em utilizar Ayin no nome da banda?
Abner Ramires: Esse nome veio após uma busca por um nome diferenciado, simples, que seja fácil de lembrar e dê liberdade na pronuncia. E a escolha do nome Ayin veio do princípio da temática abordada pela banda. Ayin significa “olho”, e é também uma letra do alfabeto semita. E os alfabetos semitas são muito utilizados em sociedades secretas, de magia, etc. Esses caras se utilizam da figura do olho para expressar sua ''força vital divina” (olho de horus, etc). Nós NÃO acreditamos neste princípio. Acreditamos no eu, aqui e agora. Então tive essa ideia, de ter nosso próprio olho. Não precisamos “do olho” de ninguém. Nossa verdade somos nós mesmos.
GOM: O Death Metal sempre se mostrou muito forte aqui no Brasil, bandas como Krisiun, Nervochaos, Gestos Grosseiros e muitas mais, como a banda enxerga a cena do Death Metal nacional? E se precisa mudar alguma coisa tanto para as pessoas conhecerem mais como para evitar o preconceito com o estilo?
Abner Ramires: O Brasil, sem dúvidas, tem excelentes bandas de tem altíssimo nível! Acho até que comparar e dizer que não devemos nada aos gringos já se tornou clichê, porém, uma grande verdade! Desde sempre o Brasil impressiona e influencia lá fora. E veja, a cena Death Metal desde sempre foi excepcional. Blessed, Krisiun, Nervochaos, Ophiolatry, Rebaelliun, Nephasth, Vomepotro, pra citar algumas rapidamente, mas existem centenas mais!!! E atualmente o cenário está crescendo com muita qualidade e profissionalismo.
O que falta no Brasil é criar a cultura do “Valorizar o Nosso”! Shows gringos estão cheios, e os nacionais parcialmente vazios. Até bandas cover recebem maior apoio que as bandas autorais. O que falta mesmo é a cultura do consumo nacional e respeito pela música.
As bandas gringas sempre vão estar conosco. Referência, respeito, etc. Porém, o que é nosso tem de ser valorizado. Quantas bandas no Brasil tem nível pra ser uma referência no Death Metal mundial como o Krisiun, ou tão influente como o Sepultura? VÁRIAS!!!!!!!
GOM: Vejo que muitas bandas do mesmo estilo estão se preocupando em desprezar o trabalho de outra banda do mesmo estilo ao invés de tentar ajudar na divulgação entre outras coisas, o que pensam sobre essa atitude?
Abner Ramires: Isso é a coisa mais medíocre que existe! Só alimenta o que falamos na pergunta anterior. Veja, se existe um respeito pelo Death Metal polonês, por exemplo, é porque as bandas se profissionalizaram se respeitam e se ajudam nos corres! Isso funciona em qualquer lugar do mundo.
Já pensou um festival com 20 bandas de Death Metal, Nacionais, tocando uma após a outra? Existe, e tende a crescer. Como o Avalanche Metal Fest, feito pelo Kleber de RP-SP.
Isso tem de se tornar COMUM por aqui! Mas pra isso algumas bandas tem de ser menos infantis e entender que o Metal não é uma competição pra ser o “mais fodão”. Antes de tudo, fazemos essa merda porque curtimos! Respeito e atitude são as palavras chave do metal nacional!!!!
GOM: Com o crescimento da internet fica mais fácil divulgar o trabalho da banda do que nas as que iniciaram as suas atividades nas décadas de 80 e 90, a banda colocou o DEMO “Seven” (2010) para download de forma gratuita, qual foi o ponto mais forte em deixar o DEMO para download?
Abner Ramires: Visibildade. Com a demo disponível para download, muitas pessoas tiveram acesso a nossa música. Sem dúvida, mais de 50% jamais iria parar para ouvir o som da Ayin. A demo e o clipe nos ajudaram muito a chegar em lugares que ainda não fomos, e a pessoas que não se interessariam pela banda a primeiro momento.
GOM: Contem mais detalhes sobre o álbum “Ordo Ab Chao”. Em meados de que mês lançaram o material?
Abner Ramires: Gravamos o disco em janeiro desse ano (2012). Agora no segundo semestre iniciamos e finalizamos a mix no Mr.Som estúdio, com o Antonio Araujo e o Heros Trench do Korzus. Neste momento eles estão fazendo a master do play. A arte também já esta pronta, e foi assinada pelo artista Raphael Gabrio (baixista da Forceps).
O disco fala sobre a desgraça de confiar seu futuro a alguém ou a alguma coisa. Seja religiosamente, seja politicamente.
Foram 10 faixas gravadas, mas no play teremos 9. Uma ficará para usar como bonus track.
Estamos no fim de novembro agora. Creio que início de 2013 teremos o lançamento.
GOM: É valido misturar outras vertentes juntamente ao Death Metal digo vertentes que não sejam propriamente de Metal?
Abner Ramires: Não somos preconceituosos com tudo que envolva MÚSICA.
Nós mesmos misturamos algumas coisas de ritmos brasileiros no Death Metal, e algumas bandas também o fazem como Necromesis do ABC, Cangaço, e outras. Sepultura também fez/faz isto. O grande Claustrofobia acaba de lançar um puta disco voltado a mostrar isso pra galera. Acho que não é ruim, pelo contrário, soma em qualidade e brutalidade se usado corretamente!
GOM: A banda em tão pouco tempo de formação tocou com a polonesa Vader, como que explicam a sensação de em tão pouco tempo terem o trabalho de vocês reconhecido?
Abner Ramires: Isso é muito legal e importante para nós. Quando começamos não imaginávamos nunca que chegaríamos onde chegamos. Evoluímos, crescemos e estamos na luta para ir além. Nosso foco está apenas em fazer o que gostamos e com a melhor qualidade possível dentro do que podemos fazer.
GOM: Quais são os planos futuros?
Abner Ramires: O foco agora está nos ensaios para a tour de divulgação do Ordo Ab Chao. Temos dois video clipes no gatilho para a divulgação também. E no momento é isto, tocar até morrer!!!
GOM: O Ayin relativamente é novo, mas eu vejo em vocês uma revelação do Death Metal tanto no Brasil como internacionalmente, é sempre bom escutar músicas com muita qualidade, muito sucesso nessa luta pela música. Queria que deixassem um recado para os leitores e fãs da banda.
Abner Ramires: : Muito obrigado pelo apoio, pelas palavras, e pelo espaço. São espaços como este que mantém tudo isso vivo e funcionando a todo vapor! Um salve para a cena nacional, viva e ativa!!
Quem quiser conhecer um pouco mais sobre a AYIN basta acessar os canais da banda:
youtube.com/ayinofficial
myspace.com/ayinofficial
facebook.com/ayinbrasil
Quem tiver interesse também pode enviar mensagem pelo facebook ou adicionar a banda no MSN: ayinofficial@hotmail.com
Obrigado mais uma vez, abraço!
NO RELIGIONS, NO GODS, NO UTOPIES!!
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